Fazendo as malas

Arrumando tudo é que vejo quanta coisa temos e não usamos, quanta coisa compramos só pelo momento. Mas dessa vez não saíram três sacolas gigantes de coisas minhas (até porque da primeira vez tinha muita coisa from Brazil), saíram poucas, coisas, muito bom. Decidi me livrar de coisas que tenho demais, como meias. Sexta-feira a Daiane chega e terei que liberar o quarto para ela. Sei como é horrível chegar e não ter espaço para as coisas, quando isso aconteceu comigo eu tive que socar todas as minhas coisas numa gavetona que tem aqui, as coisas estavam  uma bagunça por uma semana inteira. Como se já não bastasse ficarmos uma semana no treinamento, dividindo quarto, banheiro, tudo. Como a Daiane está no treinamento essa semana, eu fiquei lembrando do meu. Me diverti tanto!! Teve aniversário de uma menina de não lembro onde, a alemã que dividia o quarto comigo, Julie, tentou nos ensinar a dançar balet (ela tinha um perfil bem Salander, meio emo, meio rebelde, quieta, nunca imaginei que ela dançava ballet até a hora que cada um começa a ensinar a dança que sabia), nós dançamos É o Tchan e as latinas tocaram um Regeton lá. Bem divertido! Comemos torta de sorvete, que tinha alguma coisa que eu não tinha gostado e ai passei pra Carol. No tour de NYC eu passei mal, a cidade estava toda fechada pois era dia 10 de setembro, ou seja, um dia antes do dia 11 de setembro, quando várias homenagens aos mortos pelo atentado ocorrem todos os anos, então o ônibus dava voltas e mais voltas. Quando eu pisei em New York, não aguentei e batisei a cidade, ali mesmo, perto da estação Whitehall St onde pegamos a balça para ver a Estátua da Liberdade. Muita comédia aquele treinamento, dias muito legais quando eu ainda mal falava inglês e aquela australiana insistia em falar comigo. Au Pair tem mania de falar mal do treinamento, eu amei de paixão, só passei fome e quase dormia nas aulas, de resto, só diversão! E voltando às malas eu lembro de tudo isso, guardando as lembranças e dizendo adeus ao que fica, não só o material, mas os amigos, momentos, lugares. Que triste, que triste. Mas também estou voltando para o que há muito deixei, amigos, família e lugares. Então, não estou ao todo triste. Estou é bem feliz e muito contente de tanta gente estar mostrando interesse pela minha volta e de me rever depois de anos(não to exagerando, pessoas da época de escola estão falando comigo), assim como pessoas que só vi uma  ou duas vezes. Sensação boa, muito boa! Fevereiro já está ai, e quando ele se for, eu já estarei no lugar que chamo de Lar, home sweet home, lá onde me atiro no sofá e jogo os tenis na sala. Sim, sim, voltaremos!  

Carol não se aguentou no "tchan-tchan-tchan-tchan-tchan!"