quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cuide-se, eles vêm ai!

Parece papo de velho, e é mesmo! Entretanto tenho que comentar que eu fico estarrecida com essas crianças a minha volta. A técnologia rodeia elas de uma maneira que até me dá medo.
Quando eu tinha quatro anos, lembro que tinha uma fita de música que eu adorava, e colocava num toca-fitas muito antigo que temos até hoje lá em casa, mais pra enfeite do que qualquer outra coisa. Lembro também de um disco dos Saltimbancos que foi substituido por um CD, anos depois. O Trey, aos 4 anos, tem um seu iPod (o antigo da mãe dele) e gosta de jogar Super Mario no Wii. Aos quatro anos, ele arrasa no jogo, liga e desliga o aparelho e a televisão sozinho, isso que o controle do wii é tudo, menos fácil de se mexer.
Aos oito anos eu lembro de ir na casa das minhas amigas, brincar de Barbie, escolhinha e andar de bicicleta. O Aiden joga no seu próprio computador(laptop antigo do pai dele), escutando o iPod nano quinta geração dele. Eu Lembro de ter uns walk talks que mal funcionavam, super barulhentos, que usávamos pra brincar de espiões nas escadas do meu prédio. O Aiden tem um mini aparelhinho que manda mensagens pra outro aparelhinho que esteja até a 20metros de distancia deste. Telefone sem fio nunca mais.
Enquanto eu tinha uma ou duas Barbies, uma boneca favorita, o porão aqui da casa deles está repleto de brinquedos, e a cada dia vem algo novo. As crianças aqui tem tanta coisa que não se apegam a coisa nenhuma. Eu lembro de ter chorado quando a cabeça da minha boneca foi manchada de canetinha e é um fato que eu lembro até hoje. Aqui, na hora eles choram, cinco minutos depois já nem lembram mais.
O que me deixar mais tranquila é que o Trey ainda passa horas brincando de carrinho e o Aiden ainda leva uns tombos com o patinete dele. Mas que eles se tornam rudes depois de usufruirem de tanta tecnologia, isso sim! Esses dias o Aiden pegou uma bolinha de gude e não conseguiu me responder o que era aquilo.
Queria ver eles jogarem futebol com uma pinha, ou latinha de refri, ou mesmo bolinha de papel, como todo mundo no Brasil já fez. Aqui, se a bola furou, o jogo acabou, vamos jogar computador.
E a culpa não é deles. E eu, com o meu papel de Au Pair, tento despertar o interesse deles pra outras coisas, criar brincadeiras diferentes, mas é complicado. Percebi que as crianças daqui, estão com a cabeça muito fechada pra novas idéias, e não falo só das que eu cuido.

Anyway, minhas filhas, porque serão duas, não terão essas barbadinhas ai não. Mua ahaha

Beijos, se cuidem e cuidem dessas crianças ai.

“Somos o futuro da nação, geração Coca Cola”

3 comentários:

Anônimo disse...

gorda, as coisas mudaram. assim cmo quando a mae era pequena eles faziam N coisas que nos nao fizemos quando crianças... e assim vai, todas as gerações tiveram infancias diferentes.

Daia Peixoto disse...

Nossa, nem na minha infância, nem adolecescência e ainda hoje não tenho tanta tecnologia à meu favor assim hehe. Ipod pra mim ainda é desconhecido ashuha.
Adorei que vc ainda pensa em ter dois filhos mesmo depois de ser au pair!! :)

Anônimo disse...

gostei da risada fatal no final haha!
Anita